Quem leva a melhor nas tecnologias, Kia Soul ou Hyundai i30?

Hyundai i30 e Kia Soul: confira um comparativo das tecnologias dos dois carros sul-coreanos

No Brasil, elas brigam em casa. Mas, apesar de pertencerem ao mesmo grupo, Hyundai e Kia, não costumam resolver suas brigas somente no quintal, não.

Quem acompanha as notícias do mundo automobilístico sabe que as duas marcas sul-coreanas, por mais de uma vez, já estamparam as folhas de jornais nacionais trocando algumas farpas.

No último caso, em agosto, a Kia Motors emitiu nota denunciando “uso indevido de informações de vendas globais por parte da Hyundai Motors Brasil” – esta, de acordo com a Kia, teria juntado os dados de vendas das duas marcas e atribuído apenas ao seu grupo.

Pois bem, este blog não quer tomar partido, tampouco investigar os trâmites dos números reais, afinal, nossa missão é falar sobre tecnologia; por isso, queremos tratar apenas da competição saudável, a que nos cabe.

Selecionamos um carro de cada uma das duas montadoras lançados recentemente por aqui, para tratar de suas inovações tecnológicas. De antemão, anunciamos que não são veículos concorrentes diretos, portanto, compará-los por inteiro seria como colocar para brigar, num mesmo ringue, um peso-pena contra o super-pesado Mike Tyson.

Trata-se de uma exibição de tecnologias, nada mais. Para representar a ala da Kia, o escolhido foi o recente Soul, um crossover com design inovador e alguns brindes na área “tech”. Do outro lado, temos o Hyundai i30, um hatch médio, lançado em julho, que trouxe uma série de recursos inovadores para a categoria. Vamos às pesagens:

Kia Soul: o carro-caixote vem com uma tela LCD 3,5 polegadas dentro do retrovisor e uma boa configuração musical

Kia Soul: Ele é quadrado só nas formas. O design, criado por Peter Schreyer, é uma das mais extravagantes dos últimos tempos, ainda mais quando tratamos da Kia, que sempre foi considerada tradicionalíssima em seus modelos. Com tal nome musical, o Soul não poderia fazer feio na área sonora e, talvez este seja o verdadeiro motivo para vir com tocador de CD/MP3 Player, com entrada auxiliar e compatibilidade com iPod, via cabo. Todo o sistema de som, com cinco alto-falantes e um par de caixas tweeters (não vá confundir com microblog, por favor), é controlado pelo volante.

O que mais causa gritos de “óóóó!”, porém, é a tela de LCD de 3,5 polegadas dentro do retrovisor que é integrada a uma pequena câmera traseira no carro. Com isso, na hora de engatar a marcha ré, uma parcela do retrovisor mostra a distância entre a traseira do Soul e a parede, os carros ou objetos próximos.

O airbag duplo vem de fábrica, o que não vale para os freios ABS com EBD, que são opcionais. Já o Bluetooth não vem de jeito nenhum e faz falta, sim, bem como um computador de bordo.

A versão completa com todos os equipamentos disponíveis custa R$ 59.900 na versão manual, ou R$ 64.900 com câmbio automático. Os preços partem, respectivamente, de R$ 51.490, com câmbio manual, e de R$ 60.900.

Hyundai i30: faz seu papel nas tecnologias triviais e faz bonito no som e na segurança

Hyundai i30: O preço deste hatch da Hyundai começa em R$ 54 mil, mas suas configurações só ficam (tecnologicamente) interessantes com alguns milhares de reais a mais. Tratemos da versão topo de linha*, que, por R$ 72 mil,vem com sensor de estacionamento e controle de estabilidade.

No pacote completo, estão retrovisores externos com rebatimento elétrico e interno com ‘antiofuscamento’. Dentro do i30, ao contrário do Soul, há um computador de bordo e ninguém ousa dizer que se trata de uma peça feia. É ele que controla tudo. Quanto a parte sonora, além da entrada auxiliar, quatro alto-falantes e dois tweeters, há um CD Player com disqueteira para seis CDs de MP3 no painel, o que o deixa um pouco abaixo de seu concorrente.

Já na área de segurança, o i30 leva vantagem, pois vem com seis airbags e freios ABS com EBD.

O design do i30 não é tão original, visto que lembra muito o BMW Série 1 e possui uma série de outros detalhes que remete a outros carros europeus. A grade em forma de “V”, que costuma agradar motoristas do Velho Mundo, ainda é um tanto incomum, mas talvez seja mais fácil de agradar os consumidores mais convencionais.

* A Quatro Rodas, em julho, fez uma reportagem sobre a confusão que é descobrir como são e quais são as versões disponíveis do i30.