19 de mar. de 2010

Bentley inaugura primeira loja no Brasil

Bentley inaugura primeira loja no Brasil

Marca de luxo terá modelos de R$ 868 mil a R$ 1,310 milhão


Bentley
Bentley Continental Supersports

O Brasil se tornou o novo destino dos carros de luxo. Depois do anúncio da chegada da Aston Martin ao Brasil, hoje é a vez da também inglesa Bentley cortar a fita inaugural de sua primeira concessionária no país. A luxuosa divisão da VW chega a São Paulo com seus três principais modelos à disposição: o sedã Continental Flying Spur por R$ 868 mil, o cupê Continental GT por R$ 928 mil e o conversível Continental GTC por R$ 988 mil. A marca também já prepara a chegada do superesportivo Continental Supersports, primeiro veículo flex de sua linha, que aporta por aqui em junho, por R$ 1.310 mil.

Existem clientes para tantos modelos de luxo no Brasil? A Bentley acredita que sim. Seu principal apoio está na procura que já acontecia por intermédio de importadores particulares. "Nós já temos clientes no Brasil. Mas eles recebiam um produto que não era específico, adaptado para eles. Agora será diferente", esclarece Christophe Georges, presidente e chefe de operações da Bentley. A previsão de vendas para este primeiro ano em terras nacionais é de 25 unidades, "uma perspectiva conservadora", segundo o próprio Georges.

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Bentley Continental Supersports

O Brasil também se mostra o local perfeito para a montadora dar seu próximo passo. Seu discurso tem sido de total apoio ao biocombustível, especialmente ao etanol. É da Bentley o primeiro supercarro de série abastecível com álcool, o Continental Supersports. "Na Europa as pessoas ainda não entendem a aplicação do biocombustível, elas acreditam que isso afeta negativamente a produção de comida e que o desempenho do veículo cai. Claro que, pesquisando melhor, é possível descobrir que não é nada disso. Estamos passando por um processo de educação de nossos clientes. Por aqui, vocês já estão adaptados a esta tecnologia. O Brasil é perfeito para nossos carros", aponta Georges.

Embora não feche as portas para o estudo de outras tecnologias, como a motorização híbrida, Georges declara que o biocombustível é a solução mais rápida e durável a disposição. "Estamos totalmente convencidos de que esta é uma grande tecnologia", diz.

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Bentley Continental Flying Spur

A marca destaca a importância que as adaptações receberam para o Brasil. As bombas de combustível foram modificadas, assim como os amortecedores, que elevaram ligeiramente a altura dos carros. Alterações pequenas, mas importantes para não comprometer o desempenho dos modelos. Isso, claro, sem falar sobre os luxos europeus que também serão oferecidos por aqui, como tapetes em pele de carneiro e telefone privado sem fio no banco traseiro, entre muitos outros.

O primeiro grupo de clientes brasileiros já foi identificado, com a ajuda da British Cars do Brasil (parceira que permitiu a chegada da marca). Georges está otimista com o mercado brasileiro "que soubre conservar-se em meio à crise mundial" e diz, animado, que um modelo já foi vendido antes mesmo da loja abrir suas portas. Outros dois devem ser negociados ainda esta noite, levando à marca aos seus primeiros R$ 3 milhões conseguidos no país.

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Bentley Continental GT

Tradição e futuro

A Bentley tem percepção clara do que pode oferecer de novo aos consumidores brasileiros: combinação de alto luxo e esportividade. Essa fama vem desde sua criação, em 1919, e ganhou novo fôlego em 1999 quando, após separar-se da Rolls-Royce, a empresa decidiu resgatar suas raízes. O resultado foi o Continental GT, modelo chamou atenção pelo design tradicional e moderno, ao mesmo tempo. Um dos principais responsáveis foi o designer brasileiro Raul Pires.

"O GT foi uma ruptura. Foi quando resgatamos o passado esportivo da marca e demos uma interpretação moderna. Sempre sem abrir mão de pontos chave do selo, como a montagem artesanal e o design", conta Raul. Desde então, todos os grandes projetos da marca seguiram as linhas do modelo, sempre as aprimorando para alcançar novas funcionalidades e objetivos.

"Nós conseguimos atingir extremos na Bentley. Fazemos limusines de alto luxo para a rainha, mas também temos o Supersports, capaz de atingir 332 km/h", diz Raul. Para o designer, isso também é possível graças às raízes da marca, com cinco vitórias em Le Mans, o que ajuda a associá-la com tradição e desempenho.

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Bentley Continental GTC

"O GT recebeu modificações em seu desenho para adaptar-se melhor às necessidades de motorização. O design não foi sacrificado, mas tudo nele tem uma função. Nada é perfumaria. O Supersports foi criado para ser extremo", conta Raul.

"Tudo o que você vê em um Bentley é real. Se parece madeira, é madeira. Se parece fibra de carbono, é fibra de carbono de verdade", diz Raul. Essa sensação é fundamental, segundo o designer. "O cliente pode escolher tudo o que quiser. As combinações de materiais e cores chegam aos milhares. É possível que, no Brasil, nunca sejam vendidos dois Bentleys iguais", diz. São 51 opções de cores externas, 4 de cores externas em dois tons, 7 tipos de madeira, 2 tipos de alumínio e mais de 12 opções de rodas.

"Nós somos os melhores", brinca Georges. Mas ele esclarece que não é arrogância, apenas confiança adquirida pelo sucesso alcançado na nova fase da marca. Nem mesmo a crise derrubou os planos de futuros modelos, que seguem em andamento. A associação com uma grande marca como a VW foi fundamental, mas a convicção de que seus projetos atendem às expectativas também é importante. "As pessoas nos procuram porque queriam um Bentley desde o início. Podem ter comprado modelos de outras marcas, mas era parte do caminho. A Bentley está no topo, é onde eles querem chegar", define Georges.


 Divulgação

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