27 de out. de 2009

Kia Serato na versão Sedan

Pouco mais de 1.100 quilômetros separam Seul, capital da Coreia do Sul, de Tóquio, no Japão. Mas quando o assunto é mercado automotivo, a distância entres os dois países está cada vez menor. Tornou-se quase uma obsessão entre os sul-coreanos, principalmente para as montadoras locais, alcançar seus vizinhos japoneses em tecnologia e vendas. Não por acaso, os carros produzidos lá se assemelham tanto aos modelos nipônicos.
objetivo: a liderança mundial de vendas, hoje nas mãos da Toyota. Hyundai, Kia Motors, Daewoo, entre outras marcas coreanas, não escondem que estão dispostos a brigar pesado pelo status de “número 1”. Nessa corrida, o país precisou aprender com os próprios concorrentes. Uma prova é o novo Kia Cerato, avaliado pelo G1 nas ruas de São Paulo, um dos principais destaques da nova geração de veículos sul-coreanos.





A versão avaliada do modelo foi a E.252 (topo de linha), equipada com câmbio automático de quatro velocidades com opção de troca sequencial, faróis de neblina, ABS, freio traseiro a disco, apoio de cabeça ativo, ar-condicionado automático e volante revestido em couro. O sedã também vem com direção hidráulica, vidros elétricos, travamento central, retrovisores com comando elétrico e pisca-pisca, airbag duplo, computador de bordo, rádio CD MP3 com entrada auxiliar e USB, conexão para iPod, controle remoto do rádio no volante, rodas de liga leve aro 15” e keyless com alarme.



Ao entrar no carro, nota-se que o acabamento é simples, bem atrás de concorrentes como o novo Ford Focus. As partes plásticas contrastam com o restante do carro, detalhe compensado pelo moderno desenho do conjunto do painel, rádio e ar-condicionado. Na parte visual, o que se destaca mesmo é o exterior, com linhas elegantes que chamam a atenção de quem passa. Resultado do trabalho do alemão Peter Schreyer, que após 25 anos foi contratado pela Kia Motors para renovar a linha de modelos.

Na parte frontal, o destaque fica para a grade, que traz agressividade ao modelo, sem perder os traços clássicos que os sedãs dessa categoria possuem. Já na parte de trás, há a harmonia na junção da traseira com o teto, reforçada pelo vinco na tampa do porta-malas e pelas lanternas semelhantes às do Honda City, um dos concorrentes do modelo.
O “conforto” ao ver o carro é o mesmo ao senti-lo. A posição de dirigir é agradável e é complementada pela anatomia do banco que, por sinal, é fácil de ajustar ao gosto do motorista. Mas o principal destaque de conforto é a visibilidade. Os vidros largos e bem projetados, inclusive o traseiro, permitem que o condutor tenha noção exata da dimensão do carro em relação aos obstáculos nas vias, o que é grande vantagem na hora de estacionar o carro em uma vaga estreita ou enfrentar garagens apertadas e cheias de colunas. Apesar disso, seria bem-vindo um sensor traseiro de obstáculo, como em qualquer outro sedan médio.
 

A acomodação do motorista só não é melhor, porque o isolamento acústico do motor deixa a desejar quando ele trabalha em altas rotações. Apesar do barulho, o propulsor 1.6 de 16 válvulas tem desempenho satisfatório e se comporta bem quando é exigido do carro potência. No entanto, o motor é “apagado” pelo câmbio automático de quatro velocidades com opção de troca sequencial. Pela lentidão nas respostas, a transmissão dificulta ultrapassagens mais ligeiras, exigidas nas vias rápidas.
Ao optar pela troca sequencial, a dificuldade nas arrancadas é a mesma. Assim, o câmbio automático é o principal ponto fraco do carro. O torque máximo é de 15,9 kgm a 4.200 rpm e o consumo médio é de 12,8 km/l na cidade e 15,9 km/l na estrada.






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